BEM VINDOS

REFLEXÕES ECLESIAIS E HUMANAS

quinta-feira, 1 de julho de 2010

semana teológica


Chapecó, manhã de 1ͦ de julho de 2010.

Globalizou-se o desenvolvimento, mas também a miséria e a fome. É possível pensar uma economia que promova a vida a solidariedade e o amor? Que ações devemos construir para promover uma economia mais solidária?

Economia Solidária “não é um novo caminho, mas um jeito novo de caminhar. É o despertar da consciência em todas as dimensões da sociedade. Na economia solidaria os trabalhadores são protagonistas e respeitados na sua cultura e seu jeito de ser. São experiências baseados na solidariedade nos valores de relação do bem comum e do bem viver. Temos que buscar a mesma freqüência sintonizando com as mais diferentes organizações: é preciso lutar, é preciso vencer.

Um novo caminho não é por decreto, um desses caminhos que mais abraçamos é o da economia solidária, termo que surgiu para nós por volta de 20 anos, anteriormente havia experiências de cooperativas, mas também possuímos históricos de praticas solidárias, pré-colombianas na América-latina. Uma boa referência também é o projeto das missões jesuíticas. Paul Singer, afirma que a economia solidária vai contra a competitividade, mas, olhando sobre a ótica econômica, é necessário que os projetos de economia solidária sejam sustentáveis. Mas é o ganho a serviço da vida. Ter presente com isso a eficácia do projeto.

A economia solidária representa a reconciliação dos trabalhadores com os meios de produção. Mas quais os caminhos para a conscientização em uma realidade de disputas e monopólio dos meios de produção? Como fortalecer aquilo que já existe? Somos como uma criança que está nascendo, precisa de sustento, ser alimentada. A economia solidária rompe barreiras, mas as pessoas devem ter uma opção real pela vida. Muitos se colocam nessa caminhada com o objetivo inicial do lucro, o desanimo da caminhada é fruto desses anseios, muitos são envolvidos por outros projetos.

É preciso mudar a nossa forma de pensar, os mesmos chavões de pequenos grupos não vem a representar um projeto alternativo. Muitos projetos não têm sucesso pela falta de formação cooperativada, diante disso muitas caminham fora do projeto. O que de fato alimenta os projetos solidários? É de fato a partilha? Qual é a mística que suficientemente anima?

Como é que um sujeito sem boa formação política e comunitária consegue suportar, no meio político as possibilidades de corromper? O elemento da fé tem papel fundamental da construção da consciência desse sujeito. Os meios políticos e econômicos são infectados por um vírus que corrompe e perturba, ele pode atingir padres, lideranças, bispos, presidentes de associações e sindicatos.

Transitamos por uma realidade conflitiva, dura, difícil, de nada adiantaria rigorosas denúncias sem alternativas para avançar. Estamos vivendo um momento diferente, a proposta da economia solidária enriquece nosso discurso, pois não vem vazio, mas com alternativas econômicas que com a coragem de torná-la possíveis.

Diante disso quais os projetos que realmente a gente pode dizer que deram ou dão certo?

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